Cláudia Minzon, coordenadora de Rentabilidade da Gol Linhas Aéreas (foto: Giulia Ebohon)
“Não tenho a resposta mágica do que é Revenue Management em tempos de crise”, Cláudia Minzon, coordenadora de Rentabilidade da Gol Linhas Aéreas – área semelhante ao de um RM no mercado hoteleiro – apresentou o segundo painel da programação do HSMAI Brasil que, conforme noticiado pelo Hôtelier News, aconteceu na manhã de hoje (11) no Maksoud Plaza.
A profissional, que pôde trabalhar no segmento de Revenue tanto na hotelaria como em uma companhia aérea, ressalta que em tempos de crise todos procuram a resposta mágica para não acompanhar a instabilidade econômica, contudo, não existe fórmula e sim mecanismos para diminuir os impactos e aproveitar as oportunidades.
No segmento das companhias aéreas a crise também desestabiliza etapas que condicionam o bom desempenho da empresa, e que, como um ciclo, estão diretamente relacionados. A desvalorização do Real, por exemplo, leva ao aumento do custo do combustível e da dívida de financiamentos de longo prazo. Nesse cenário, a retração da demanda doméstica a negócios e o desaquecimento da demanda brasileira para destinos internacionais são a cereja do bolo para que mais esforços sejam direcionados visando atingir as metas.
Mas não são só os obstáculos que dão o tom deste panorama. Cláudia aponta que, por outro lado, a retração da economia brasileira gera um aumento da demanda doméstica de lazer para destinos no Brasil; crescimento da demanda internacional para Estados brasileiros e redução da oferta no mercado. Ainda assim, a estabilidade é o que mantém o equilíbrio entre as duas frentes.
Tendo como bagagem tanto o universo de hotéis como aéreo, a dúvida explorada pela plateia teve como foco a distinção da atuação do RM nas duas áreas, já que o objetivo de otimizar as vendas é o mesmo.
“O que dificulta o aéreo é o volume de voos, é como se administrássemos a venda de 800 hotéis. No entanto, em um cenário retrativo podemos cancelar voos, ou mudar as rotas – apesar de não ser tão simples – e, em hotéis não dá para abrir mão de apartamentos. Na hotelaria o que eu acho mais complicado é determinar quem é seu concorrente e acompanhá-lo. No aéreo temos bem definido quem é nosso competidor”, finalizou.
Fonte: Hôtelier News