A Hospitality Sales and Marketing Association International (HSMAI Brasil) promoveu nesta quinta-feira, 24, a conferência ROC (Revenue Optimization Conference). O evento, realizado no Intercontinental São Paulo, na capital paulista, teve como tema “Revenue Strategy Invade a Hotelaria”. Na ocasião, profissionais que atuam no setor de hospitalidade debateram pontos relevantes sobre o assunto.
Carlos Netto, diretor de Alimentos e Bebidas da Tivoli Hotels & Resorts, relacionou o revenue management com o setor de A&B. Um dos pontos levantados por ele foi a resistência do público externo em frequentar restaurantes em hotéis. “Temos que pensar em como trazer os restaurantes de rua para dentro do hotel ou trazer as pessoas para os restaurantes dos hotéis”, afirmou. Para o executivo, os gestores de A&B precisam participar das reuniões de RM, pois ele pode ajudar o setor a ter uma visão mais estratégica.
Para Netto, investir em um restaurante badalado ajuda não só a trazer o público externo, como também a manter o hóspede no empreendimento. “O sonho seria o hóspede tomar café da manhã, almoçar e jantar no hotel”, afirma. No caso de hóspedes business, eles não almoçam no hotel, mas podem jantar. “Se o restaurante for badalado ele não vai comer fora”, acredita.
O executivo afirma que focar no público externo é interessante. “São Paulo tem um dos públicos mais bacanas para restaurantes”, diz Netto. “É importante ter um plano de marketing muito forte, para que essas pessoas entendam que o restaurante de hotel tem coisas bem bacanas, tem segurança, vallet, entre outros”, completa.
Inaugurado no final de abril deste ano, o Seen, restaurante do Tivoli Mofarrej – São Paulo tem sido um sucesso até o momento. Atualmente, a fila de espera para reservar uma mesa no local é de 15 dias. No começo eles trabalhavam apenas com reservas, mas depois decidiram abrir um espaço para walkins, que são acomodados por ordem de chegada.
Para não prejudicar os hóspedes que querem frequentar o Seen, cerca de 10% das mesas são reservadas para esses clientes. “O concierge faz um bom trabalho para conseguir prioriza-los, fazê-los sentirem-se reconhecidos, os funcionários os chamam pelo nome”, diz. “Tem hóspede que chega ao hotel e já reserva quatro noites no restaurante. Outros Já fazem isso quando reservar o quarto”, completa.
Fonte: revista HotelNews