Os gerenciadores de viagens brasileiros estão confiantes para 2018, ao menos no quanto terão à sua disposição para investir em viagens corporativas.
Segundo pesquisa revelada nesta semana pela HSMai, 47,5% deles preveem um ano de estabilidade em 2018, com gastos similares aos de 2017, enquanto 42,6% acreditam em um aumento no orçamento para viagens corporativas – notícia positiva tanto para viajantes quanto para fornecedores, que podem alcançar uma receita maior no ano. No outro extremo, apenas 9,8% acham que o dinheiro disponível para viagens será reduzido neste ano.
Os resultados foram obtidos a partir de um questionário feito a 140 compradores e gestores de viagens durante a 1ª HSMai Travel & Mice Managers Conference, em Belo Horizonte.
DESAFIOS DOS GESTORES
O mesmo questionário buscou revelar quais são os maiores desafios que os gestores corporativos enfrentam no dia a dia.
A primeira pergunta sobre o assunto, “Qual área do programa considera a mais desafiadora?”, teve como resposta mais votada (44,2% dos respondentes) o fornecedor intermediário do Turismo: o agente de viagens – algo que o coloca na posição de “mais difícil de se gerir”, segundo a HSMai. Hotelaria e aéreas aparecem logo depois, com 24,7% e 22,1% dos respondentes, respectivamente. Eventos, com 7,8%, e principalmente locação de veículos, com 1,3%, são os setores que menos dão trabalho para gestores.
Já quando questionados quanto qual parte do trabalho de gestão de viagens é mais desafiadora, a mais votada (38,6%) foi a Conciliação de Dados para Gestão. “Distribuição é o maior desafio dos compradores, e não a negociação (que deveria, em teoria, ser o mais difícil e trabalhoso). Isto ocorre devido ao excesso de players,falta de conectividade completa entre eles e instabilidade tecnológica das plataformas”, explicou a HSMai.
A Negociação e gestão com intermediários (agências), inclusive, foi só o terceiro mais visto como desafiador, com 17,1% dos votos, atrás de Interação com viajantes, secretárias e stakeholders (21,4%) e Administração e padronização do OBT (on-line booking tool) e demais ferramentas (20%). Por último ficou a Negociação com fornecedores finais, com apenas 2,9% dos respondentes escolhendo o setor como o mais desafiador.
PAGAMENTOS POR CARTÃO AUMENTAM
Dos 140 compradores presentes, 55,7% deles afirmaram usar o meio faturado, enquanto 44,3% já utilizam cartão de crédito – segundo a HSMai, a previsão de especialistas é que a proporção fosse algo em torno de 70%-30% em favor do faturado, algo que demonstra o aumento dos pagamentos por cartão de crédito. Destes, 39,6% afirmaram utilizar o cartão virtual (VCN) em suas transações, enquanto 35,8% preferem o cartão físico, e 13,2% utilizam um centralizador de despesas (11,3% usam outros métodos).
TMC MANTÉM-SE COMO MAIOR FONTE
Um aumento de uma ligação direta entre fornecedores e empresas é uma tendência, segundo a HSMai, pelo menor gasto com taxas e distribuição; as TMCs, porém, ainda mantém o maior share do mercado: 85,5% dos compradores ainda utilizam uma como fonte única, enquanto 14,5% afirmaram fazer reservas direto com o hotel.
“O mercado está se movimentando cada vez mais rápido, e profissionais do trade, de todas as áreas, precisam de uma atualização e capacitação constantemente para se manterem relevantes no mercado. Essa é a primeira de muitas pesquisa qeur faremos em nossos eventos, sempre ressaltando os assuntos mais polêmicos, atuais de interesse de buyers e suppliers“, afirmou a presidente da HSMai Brasil, Gabriela Otto.