A fama de que brasileiro deixa tudo para cima da hora tem afetado a hotelaria do Brasil. Diferente dos bilhetes aéreos, que estão sendo comprados cada vez mais com antecedência, os brasileiros estão deixando as reservas de hotéis para o último minuto. A consequência disso é a redução da tarifa.
Na avaliação do diretor do Hotel Urbano, Osmar Fonte, o preço praticado em julho para o reveillon é muito mais alto do que aquele praticado em dezembro e isso prejudica, na avaliação dele, tanto os distribuidores quanto os hotéis. “A hotelaria do Brasil insiste em fazer o last minute e isso é muito ruim para quem trabalha com o setor”, disse. Já a diretora de Vendas da Rede Windsor, Rosangela Gonçalves, essa é uma prática mundial e não apenas restrita ao Brasil. “Acho que deve haver benefícios para quem paga com antecedência e temos que manter uma política de preço e não mudar e baratear de acordo com a proximidade de uma determinada data”.
A diretora da HSMai no Brasil, Gabriela Otto, credita esta prática à falta de planejamento dos hotéis. “Quem dá o tom são os fornecedores e a hotelaria é a fornecedora. É preciso entender esta importância”. Para Tatiana Costa, da BHG, falta também uma política mais clara de precificação.
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