Aberta hoje (8) cedo, a programação do Innovation Lab – promovido pela HSMAI Brasil – prosseguiu com palestras no formato TED Talks e muito conteúdo sobre inovação e mudança de cultura empresarial. Após as falas de Thiago Balieiro, que falou sobre desafios organizacionais, e William Zanchet, que abordou o tema mindset, Gui Massena palestrou sobre empresas humanizadas.
Fundador da Dobra, Massena é um digno representante da cultura startup. Jovem e tatuado, linguajar mais jovem ainda, ele fundou a Dobra, empresa que vende carteiras dobráveis de papel, entre outros itens. Ele conta que, partir de 2016, passou a pesquisar mais a fundo temas como transformação digital e economia colaborativa.
“Sabe o que percebi? Ainda vivemos em uma sociedade que opera em uma lógica industrial, com uma linha de produção na qual cada pessoa é uma peça de engrenagem. Mais ainda, nosso modelo educacional reforça isso, sendo uma grande padronizadora de indivíduos”, comentou. “No entanto, tudo está mudando, as pessoas não aceitam mais esses padrões. Embora entenda pouco de hotelaria, sinto que o setor ainda opera nesse modelo”, completa.
HSMAI: dualidade
Para Massena, a tecnologia tem múltiplas funções e papéis dentro de nossas vidas. Uma delas é a quebra de paradigmas. “Nessa nova era, é importante que nos aproximemos essa realidade de que colaboração é mais importante do que competição. Em paralelo, conceitos como consciente, sustentável e social devem prevalecer”, avalia o palestrante, que complementou:
“Nossos negócios não são B2C ou B2B. São, na verdade, H2H, ou seja, humano para humano. É preciso partir dessa premissa, formar comunidades entre as pessoas. Como nos mostrou o Rodrigo Noll, programas de indicação são bons exemplos disso”, reforçou. “É um capitalismo mais consciente, e as pessoas de forma geral estão valorizando mais isso”, completa.
Agora, é preciso pagar contas. Não adianta empresa humanizada se ela não gera lucro, certo? Bem, pesquisa do Instituto Capitalismo Consciente Brasil apresentada por Massena mostrou que é plenamente possível adotar o modelo mais humanizado e ganhar rios de dinheiro. De acordo com o levantamento, organizações que privilegiam o conceito faturam até duas vezes mais do que negócios que focam apenas na redução de custos e aumento de receita.
“O estudo mostra também que funcionários dessas empresas chegam a trabalhar 225% mais satisfeitas, pois se sentem conectadas com o negócio. Além disso, seus clientes se dizem 240% mais engajados com a marca”, acrescenta Massena. “E consumidor assim consome mais e, melhor ainda, fala mais e melhor dos seus produtos e serviços para outras pessoas”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros
Fonte: Hotêlier News