Série de painéis sobre estratégias digitais deram o tom do evento da HSMAI Brasil
(fotos: Giulia Ebohon)
“A mudança no ambiente de negócios exige uma mudança de mindset. Atrair e encantar clientes online não só é possível, mas viável e lucrativo”. Com esse tema, teve início hoje (23), no Hotel Meliá Jardim Europa, o primeiro evento da HSMAI Brasil em 2016.
A abertura do encontro ficou por conta de Johannes Bayer, gerente geral do Meliá Jardim Europa, que fez alusão ao apoio do empreendimento à organização mundial dos Médicos Sem Fronteiras, a qual não contava com parceria de hospedagem em São Paulo. Gabriela Otto, diretora geral da HSMAI Brasil, deu continuidade à apresentação detalhando o calendário de eventos da HSMAI no decorrer do ano, tendo Recife (PE) como novo destino.
Os meios digitais são a alternativa mais curta e efetiva para aproximação entre uma empresa física e seu consumidor. Essa afirmação foi a largada para uma série de três painéis que compuseram o primeiro evento. De acordo com Fábio Zeinum, diretor de Atendimento da Agência Pulso, estamos vivendo em um contexto em que as facilidades tecnológicas e digitais ditam um novo tempo. “A grande verdade é que o agora está atrasado e muitas empresas estão esquecendo de olhar o futuro”.
Ainda de acordo com o profissional, o consumidor deixou de ser passivo e passou a atuar na formação de tendências, tornando-se cada vez mais necessário para as empresas reconhecerem as demandas de determinado público, sendo elas diretamente relacionadas aos recursos digitais.
Nesse sentido, Felipe Morais, professor de MBA e diretor da FI Consultoria e Planejamento, contemplou em seu painel a importância do planejamento. De acordo com o profissional, é fundamental que uma empresa consiga além de vender seu produto inspirar seus clientes. O planejamento é o recurso que vai entender o comportamento do consumidor e vai buscar experiências. Salientou, contudo, que não há um manual ou um modelo de planejamento para o marketing digital. Se a busca é por inovação, o processo é particular e perceptivo, demandando uma noção da dinâmica com que as coisas estão mudando.
Como exemplo de empresas que souberam preencher as lacunas do mercado, Morais cita: “O Uber é a maior empresa de taxis do mundo e não possui nenhum carro na sua frota. O Facebook é a maior empresa de mídia do mundo e não produz nenhum conteúdo. O Airbnb é a maior empresa de reservas de hospedagem do mundo e não é proprietária de nenhum imóvel”.
Após os painéis, participantes puderam fazer perguntas e dar sugestões sobre o tema
Para finalizar a série de palestras, Carlos Tesore, diretor da empresa Hook Digital, apontou a importância das empresas adotarem um pensamento de funil para mensurar qual a demanda de seu público, ação que consiste em atrair, converter, relacionar, vender e saber quem está navegando. “Como atrair a atenção do consumidor para os nossos canais? Crie um conteúdo próprio, relevante. Não dá para depender só das mídias”, disse.
Consenso entre os três palestrantes, adotar ferramentas que posicionem de forma positiva uma empresa é projetar de maneira realista um futuro próspero. Tendo em vista o protagonismo dos meios virtuais, essa ferramenta está, entre outros segmentos, no marketing digital.
“Nós como consumidores nunca tivemos tanto poder nas mãos como temos hoje, essa é a principal razão para essas revoluções que estão acontecendo. O novo consumidor tem que ser engajado com a marca”, concluiu Tessare.
Os painéis foram seguidos por uma série de perguntas mediadas por Thiago Ferrari, gerente de e-commerce da rede BHG, que apontou a falta de investimento da hotelaria em diversos recursos digitais, inclusive, em seus sites. Após uma provocação do profissional sobre a dependência dos hotéis por canais de distribuições, Rafael Abdalla, gerente de Marketing do Costa do Sauípe afirmou que a hotelaria ainda direciona grande parte de sua rentabilidade na operação e hospitalidade do empreendimento. Com isso, poucos recursos vão para estratégias de marketing.
Para Ana Luiza Masaguão, diretora de Experiências de Marketing e Vendas do grupo Rio Quente: “É preciso que os hoteleiros entendam que a experiência do cliente começa no online, não no check-in. Começa quando ele está buscando informação”.
Parafraseando algumas falas dos palestrantes, Gabriela Otto, salientou: “É preciso tratar o site como principal vendedor do hotel”.
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