O vendedor hoteleiro e o novo ambiente de negócios. Com esse tema, a HSMAI Brasil realizou hoje (7) pela manhã seu terceiro painel do ano. Na discussão, abordagens de quem vive esse cenário dentro de companhias do setor, a constatação da força da tecnologia nas novas práticas de comercialização e uma afirmação com consenso da plateia: “Vendedor que rouba tempo do cliente vai desaparecer”.
Sem contrapontos entre as dezenas de executivos presentes no painel, realizado no Intercity Faria Lima, em São Paulo, a afirmação é de Paulo Salvador, diretor de Distribuição da Intercity, que foi responsável por uma parte das exposições da manhã. Completam o time de palestrantes Paulo Frias, Head of Sales da Accor América Latina, Gabriella Cavalheiro, vice-presidente de Vendas e Resultado da Trend Operadora, e Rodrigo Napoli, diretor comercial da Avianca Brasil.
Profissional mais experiente entre os que tiveram a palavra, Salvador alertou sobre a necessidade que o profissional de Vendas tem de transmitir algum conhecimento em seu contato com o cliente. “O papel do vendedor sempre vai existir, não há máquina que substitua o contato pessoal, mas ele tem que trazer informações relevantes a seu cliente. Quem não tem isso está com os dias contados”, dispara.
Com passagens por rede internacionais e também conhecido por seu trabalho como professor, o diretor da Intercity considera que a captação de informações que possam ser repassadas e até debatidas é tão importante quanto a posse de conhecimentos técnicos sobre o ofício. “Dá prazer passar o tempo com um vendedor que também seja interessante”, diz. Para ele, esse fator interessante não é uma virtude que possa ser incorporada às características do profissional, e sim um conjunto de ações típicas de trabalhadores mais modernos, com a chamada atitude crítica.
De acordo com Salvador, esse atual comportamento do profissional de Vendas está diretamente relacionado com a nova safra de trabalhadores e de clientes que pertencem a outra geração, os Millennials. Segundo o executivo, a própria evolução dos termos usados dentro do cotidiano corporativo confirmam essa realidade. “Dewrite me fomos passando para call me, depois e-mail me. A geração em questão nasceu num ambiente digital e constrói suas próprias referências, sem a necessidade de se apegar a modelos do passado. E essa geração promoverá uma revolução em todos os segmentos do mercado, em especial, no turismo e na hospitalidade”, prevê.
Por fim, no final de sua apresentação, Salvador elencou alguns elementos necessários para um bom desempenho profissional na área de vendas hoteleiras. Conhecimento de línguas e culturas diferentes, visão holística, obtenção de resultados, facilidade no trabalho com equipe, empreendedorismo, informativo e facilidade com várias tarefas foram alguns dos pontos com destaque, junto à necessidade de estabelecer diálogo frequente com a área de revenue management.
Fonte: Hôtelier News